Trecho do filme Carnaval (Leandro Neri, 2021).
“(...). Então era preciso ter outras formas de controlar as pessoas. E era de conhecimento expresso que você tinha que dominá-las controlando suas crenças e atitudes. Uma das melhores formas de se controlar as pessoas em termos de atitudes é o que o grande economista político Thorstein Veblen chamou de “fabricar consumidores”. ” (CHOMSKY, 2015).
Numa era ditada pela tecnologia as relações sociais evoluíram para a dimensão virtual criando uma (ir) realidade espetacular. No entanto, esse mundo representado não é restrito a atualidade “recente” e tecnológica, Guy Debord filósofo francês por volta do fim da década de 60 numa crítica ao capitalismo trouxe “A sociedade do espetáculo” na perspectiva do espetáculo como “relação social mediatizada por imagens”.
Um estilo de vida baseado em representações, encarado como a direção para a modernidade, nos detendo, exposto por Debord, nessa letargia. E ainda, deslumbrados por tal espetáculo, posto alternativa única: um mundo virtual (em detrimento de nossas vidas reais). Entretanto, não se trata de uma discussão de tendências futurísticas ou de comportamentos.
É, como afirmado por Debord: “a sociedade portadora do espetáculo” orquestrando as demais regiões em desenvolvimento. A todo tempo os veículos de comunicação como instrumento de dominação, com seus scripts planejados determinando a vida adequada a ser vivida. De maneira a exercer forte influência nas interações entre as pessoas, em suas preferências de consumo, sobretudo, na forma de exercer sua cidadania.
Logo, o espetáculo não é de gladiadores, mas, se aplica ao mesmo desserviço: manter as pessoas entretidas e distantes das questões realmente relevantes para sociedade.
Requiem for the American Dream - documentário do professor Noam Chomsky - 2015 ( legendado em PT ).
Mileide: Noam Chomsky, excelente dica de documentário. Obrigado.
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