Um especialista da área de Tecnologia nos diz que o avanço tecnológico tem colaborado para melhorar a vida humana, contrariando as distopias criadas para "o futuro-contemporâneo", André Lemos - Mestre em Política de Ciência e Tecnologia. Nos saímos muito bem (afinal, as máquinas não dominaram a humanidade). Cientes de que a tecnologia é um meio para facilitar a vida, como instrumento, deve estar a nosso serviço, e não, o contrário. Sobretudo, abandonar a percepção salvadora, a tecnologia não é a resposta para todos os problemas do mundo, mas, o caminho.
André Lemos e tantos outros estudiosos reconhecem
que estamos vivenciando a Cibercultura. Nessa direção, diferente das mídias em
massa, as mídias sociais permitem que a maioria das pessoas tenham espaços de fala. Essas pessoas se fazem ouvir em todos os lugares,
para além disso, essas vozes se conectam a outras vozes, se fortalecem, e saem
as ruas – em particular esse é o ponto mais animador no uso das mídias sociais:
a utilidade para a busca do bem comum. A vida digital não deve se resumir a flashes e prints. Vamos politizar.
No debate em sala de aula, ao se falar da cibercultura, um fato se fez evidente. Apesar de todas as possibilidades advindas da tecnologia ela não resolve o problema da desigualdade, que particularmente em nosso país é gritante, então a questão da democratização do acesso a rede é um ponto frágil. Em tempos pandêmicos podemos/pudemos observar o quanto alunos da rede pública de ensino tiveram/têm dificuldades de acesso a rede. É pensar em o aprimoramento da vida humana pela tecnologia seja usufruído por TODOS.
Que a
evolução não seja apenas tecnológica, mas, acima de tudo, humanitária.
Referências:
LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender a nossa época. In Sulina, Porto Alegre, 2003. p. 11-23. Disponível: cibercultura.pdf (ufba.br).
Ciência e Cultura: Agência de Notícias em C & T. André Lemos. Disponível: André Lemos | Ciência e Cultura (ufba.br).
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