"Se a humanidade quer ter um futuro reconhecível, não pode ser pelo prolongamento do passado ou do presente. Se tentarmos construir o terceiro milênio nessa base, vamos fracassar."(HOBSBAWN,1995).
A realidade que se apresenta como pronta e
definitiva está em processo. A atualidade não se deu ao acaso. É a expressão de
fatos passados, de relações de dominação, de racionalidades universalistas, das
guerras, das evoluções científicas e tecnológicas, dos movimentos políticos e
sociais, etc. E ainda que observemos a história e possamos determinar períodos
finalizados, no fim das contas é um processo contínuo interdependente. Guiados
pelas perspectivas de historiadores, sociólogos, filósofos, pesquisadores
sociais abriremos um espaço para expressar algumas temáticas emergentes na
contemporaneidade.
Há três décadas fomos questionados por Hobsbwan a respeito das resoluções dos desafios que já estavam postos naquele tempo: um cenário instável no âmbito das relações internacionais; transformações dos conflitos e "democratização dos meios de destruição”; a xenofobia por partes dos países ditos ricos e o bloqueio das fronteiras para os imigrantes do "terceiro mundo"; falência das religiões tradicionais nos países desenvolvidos e fortalecimento da religiosidade política em países emergentes; o crescimento demográfico, a ação humana e a sustentabilidade ambiental; o capitalismo e a globalização aprofundando a desigualdade entre as nações; poder estatal reduzido; um mundo organizado em oligarquias de países ricos; uma falsa democracia.
Fora os fatos históricos específicos citados pelo autor, sua leitura nos parece uma descrição do hoje. Apontando que em questões de resolução de problemas não temos nos saído tão bem. A exemplo, lamentavelmente, por vezes, notamos que a ONU não dá conta das questões planetárias: países como a potência norte-americana, se considera absoluta, retiram-se e tornam a celebrar acordos internacionais aos seus modos; conflitos internos das nações; a crise de refugiados, países se negando a dar asilo.
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